Espinhal celebrou o 115.º aniversário de elevação a Vila
Na cerimónia solene do 115.º aniversário de elevação do Espinhal a Vila, que decorreu no passado sábado, dia 17 de julho, na Casa da Cultura, a Câmara Municipal de Penela e a Sociedade Filarmónica do Espinhal assinaram o contrato-programa para a ‘Recuperação do Edifício da Casa da Cultura do Espinhal’.
As celebrações abriram com uma tertúlia moderada por Anabela Ventura.
Paula Oliveira Guimarães foi convidada a falar sobre os ‘Desafios para o próximo Centenário’ e lançou o repto às camadas mais jovens para lutarem pelos desafios do futuro. O primeiro desafio apontado pela fundadora da Casa Museu Oliveira Guimarães foi a “sustentabilidade ambiental e económica” sendo fundamental “preservar toda a paisagem que faz do Espinhal um local especial” e igualmente importante “atrair jovens e fixar os que cá vivem”. Mas os desafios para o próximo centenário passam também pela “identidade” e o “espírito colaborativo” para que a Vila do Espinhal seja, independente das diferenças ideológicas, uma “terra que trabalha em conjunto para se valorizar”, rematou a oradora.
Jorge Alarcão foi o segundo palestrante da noite, com uma retrospetiva sobre a história que as casas espinhalenses contam e um apelo à recuperação das “casas antigas” da vila que tantas “histórias” contam e que, hoje, constituem o “essencial do património do espinhal”.
A segunda parte da noite centrou-se na apresentação do programa e estudo-prévio do projeto de ‘Recuperação do Edifício da Casa da Cultura e Largo da Feira’, pelo Arquiteto Florindo Marques do Gabinete de Projetos A3 Arquitetos, e contou ainda com a assinatura do contrato-programa.
Luís Matias, presidente da Câmara Municipal de Penela, encerrou a cerimónia colmatando que o “desenvolvimento da nossa terra se faz com várias componentes” e este projeto tem exatamente uma componente forte de “valorização do nosso património”. O autarca assumiu que um dos objetivos desta obra é incluir a requalificação do antigo mercado como “Espaço Museológico”, para que o “património imaterial do Espinhal possa ser visto, possa ser vivido, possa ser sentido pelas pessoas” e, sabendo da forte tradição e dinâmica que a vila tem com a cultura, este projeto irá “melhorar a atratividade do Espinhal”.
Os momentos musicais foram protagonizados pelo Quinteto da Academia de Música da Sociedade Filarmónica do Espinhal.